Moradores do Condomínio Parque Interlagos, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, voltaram a viver uma situação delicada envolvendo uma superpopulação de gatos. Moradores se queixam de que os animais estão transmitindo doenças. Outros, defendem a permanência dos felinos, alimentando-os.
Em comunicado que circulou entre os condôminos, a administração afirmou ter montado um gatil para manter os gatos de rua afastados de outros animais de estimação e crianças. Ainda assim, segundo um dos moradores, um funcionário foi diagnosticado com esporotricose — uma doença causada por um fungo e transmitida pelos animais, que gera grandes feridas na pele.
O funcionário foi infectado na última semana e ainda está com muitas feridas na pele. Segundo informativo do Ministério da Saúde, a esporotricose pode causar anorexia, desitração, febre e, muitas vezes, apresentar ainda sintomas específicos quando relacionados ao comprometimento de órgãos na forma disseminada. De acordo com a pasta, "a saúde do paciente, como um todo, fica comprometida".
As desavenças envolvendo os animais não são de agora. Anteriormente, em março de 2021, moradores denunciaram a morte de 18 gatos e o desaparecimento de outros 20 no Parque Interlagos. De acordo com o grupo, a necrópsia apontou morte por "chumbinho", um veneno comumente usado contra animais. Por conta da superpopulação de felinos, o Parque chegou a receber o apelido de 'Parque Intergatos'.