O início da comercialização do dostarlimab (Jemperli) no país está previsto para agosto, segundo a farmacêutica GSK Brasil. Em estudo americano, tumores colorretais de pacientes que receberam o medicamento por seis meses desapareceram. No entanto, por aqui, o remédio está liberado apenas para o tratamento de um tipo raro de câncer de endométrio (tecido que reveste a parede interna do útero).
O dostarlimab é um anticorpo monoclonal humanizado que age como inibidor da interação da proteína PD-1 com os ligantes PD-L1 e PD-L2 – essa interação está relacionada ao bloqueio de respostas antitumorais. É como se a substância soltasse o freio de mão do sistema imunológico para combater o tumor.
No Brasil, a liberação é para tratamento de câncer endometrial recorrente ou avançado com deficiência de enzimas de reparo (dMMR) ou alta instabilidade de microssatélite (MSI-H), que progride durante ou após quimioterapia contendo platina. Essa doença é rara e, em geral, tem prognóstico ruim.