A Câmara de Camaçari intermediou, na tarde desta quarta-feira (25/05), um encontro entre professores da Rede Municipal de Ensino e representantes do Poder Executivo para tratar das negociações referentes à pauta de reivindicações da categoria. O encontro aconteceu no gabinete do prefeito Antônio Elinaldo (União).
O encontro foi mediado pelo presidente da Câmara, vereador Júnior Borges (União), que comprometeu-se a ajudar nos diálogos referentes à pauta apresentada pelos profissionais. O grupo, através do Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Municipal de Camaçari (Sispec), esteve na Câmara na última terça-feira (24/05), onde fizeram uma manifestação e foram recebidos pelo presidente e outros parlamentares. "Estamos aqui para tentar buscar esclarecimentos e um diálogo produtivo que resulte em um final que contemple a educação do nosso município", reforçou.
Um dos argumentos da categoria é que não há reajuste do piso salarial há seis anos. Segundo o grupo, desde a última reunião realizada no mês de fevereiro, não houve retorno por parte da gestão municipal. Diante das reivindicações, a categoria sinalizou a possibilidade de decretar uma greve, caso não chegassem a um acordo. "Estamos tentando uma resposta sobre nossa proposta e não estamos conseguindo chegar a um acordo, nem mesmo a uma negociação de fato", lamentou a professora e diretora sindical Ana Bueno.
Também presente na reunião, o vereador Dentinho do Sindicato (PT) falou sobre a responsabilidade de resolver a questão o mais breve, para evitar uma possível paralisação das atividades educacionais. "Nós temos uma responsabilidade grande em ajudar a resolver o impasse, especialmente por conta de uma possível greve da categoria. A educação é prioridade e é preciso chegar a um acordo", salientou.
O secretário de Administração, Hélder Almeida (União), afirmou que não há como apresentar propostas concretas para resolução de maneira imediata, pois será necessário aguardar o índice do resultado de receita até outubro. Segundo ele, só então a secretaria poderá calcular o impacto do reajuste para os próximos anos. Afirmou ainda que, após a saída da Ford da cidade de Camaçari a arrecadação municipal terá uma queda aproximada de 15% a 20% e o orçamento precisa equilibrar, "Ajustes de auxílio alimentação e auxílio transporte é que está sendo feito hoje. O restante ainda será estudado o impacto", afirmou.
A reunião avançou para definição de cronograma para próximos encontros com objetivo de debater as propostas até outubro.