Estreitar os laços entre família e escola, visando o aprimoramento constante do atendimento educacional especializado ofertado aos estudantes do município, através do Centro de Referência à Inclusão Escolar (Crie), órgão vinculado à Secretaria da Educação (Seduc). Este foi o objetivo do I Fórum de Pais dos Alunos Atendidos no Crie, realizado na manhã desta quarta-feira (27/04), no Teatro Alberto Martins.
Durante o evento, que contou com a presença da secretária Neurilene Martins, houve troca de experiências e depoimentos que reconheceram a importância das ações direcionadas aos estudantes que possuem algum tipo de deficiência.
O Crie tem a finalidade de oferecer atendimento educacional especializado no âmbito do ensino público. Atualmente, o espaço presta assistência a 132 alunos com acompanhamento multidisciplinar, que inclui psicopedagogia, psicomotricidade, psicologia, fonoaudiologia, arte-educação e aquisição da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Para a secretária Neurilene, interagir com os pais cria uma atmosfera de aprendizado mútuo, que é benéfica para os estudantes. “Cada criança tem características muito singulares. Somente juntas – escolas e famílias – vamos conceber um ensino inclusivo cada vez mais qualificado”, observou.
A plateia foi formada, predominantemente, por mães que compartilhavam o sentimento de gratidão pelo desenvolvimento notável apresentado pelos filhos após frequentarem o Crie. Mirian Santana, 43 anos, é mãe da aluna autista Rebeca Rodrigues, de 9 anos. “Ainda estava em um processo de entender o que era esse diagnóstico quando o Crie nos abraçou. Minha filha não interagia, era muito desconfortável para ela estar com outras pessoas. Hoje ela já socializa, não fica apenas no canto da sala de aula. Além disso, ela também está aprendendo a formar as palavras, desenvolvendo outras habilidades. Não tenho palavras para demonstrar o quanto sou grata ao trabalho do Crie”, declarou.
Márcia Almeida, 53 anos, mãe do adolescente Guilherme Almeida, de 14, que tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) grave, conta que o Crie faz toda a diferença na vida do filho, pois, desde quando começou a frequentar o Centro de Referência, com dez anos de idade, já aprendeu bastante. “O trabalho com a psicopedagoga no Crie é muito importante, por levar em consideração as dificuldades específicas dele. Nesses quatro anos, ele desenvolveu a capacidade de reconhecer as letras e os números, e também está reconhecendo as cores. É um garoto muito amoroso e fico muito feliz e emocionada vendo que ele está se desenvolvendo”, contou.
Além da secretária Neurilene, o Fórum também foi prestigiado pela secretária da Mulher, Fafá de Senhorinho, compondo a mesa oficial ao lado de outras autoridades e representações administrativas, a exemplo do subsecretário da Educação, Francisco Lima Júnior; do diretor de Planejamento, Gestão e Finanças da Seduc, Marcio Vila Flor; da diretora pedagógica, Maria Aparecida; da coordenadora de Inclusão Educacional, Fátima Cardoso; além de técnicas da Diretoria Pedagógica (Dipe) e outras personalidades ligadas à educação.