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Candeias / BA - 21 de Novembro de 2024
Publicado em 03/08/2023 17h47

Sindicato de Lojas e Fecomércio travam guerra sem fim à vista

No final do mês, uma nova audiência entre as partes acontecerá para esclarecimentos sobre as eleições da federação em 2022
Por: Metro 1

O embate entre a Fecomércio-BA (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia) e o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) ainda parece estar longe do fim. No último dia 26, o Conselho de Representantes da entidade manteve o sindicato de fora da federação. A decisão foi por maioria absoluta de 21 a 6. 

A exclusão do sindicato se deu no início de junho e, segundo a Fecomércio-BA, o motivo teria sido a reincidência da falta de repasse do valor obrigatório da contribuição sindical, que foi coletado em várias ações judiciais. Já para o sindicato, a razão de sua retirada da federação foi política e teve origem nas eleições da nova diretoria em abril de 2022.

No próximo dia 28, uma nova audiência na 30ª Vara da Justiça do Trabalho será mediada pela juíza Doroteia Mota. Segundo informou o presidente do sindicato, Paulo Motta, as testemunhas indicadas por ele -  o atual presidente Kelsor Fernandes, o ex-presidente Carlos de Souza Andrade e o superintendente da instituição na época, Jamerson Barreiro - terão que esclarecer à Justiça a situação. 

O que dizem as partes

Ao Metro1, Paulo Motta afirmou que a confusão começou no processo eleitoral de 2022, em que o sindicato se organizou para ter uma chapa e não foi apresentado ao Sindilojas as mesmas condições das entidades filiadas. “Fomos surpreendidos com o impedimento para nos tornar habilitados para organizar a chapa para o processo”, afirmou.

No pleito interno, Kelsor Fernandes foi eleito para a presidência da federação. O empresário faz parte do ramo imobiliário e foi o primeiro da categoria eleito para o cargo na entidade. Sua chapa foi a única a participar da disputa para o mandato de 2022/2026. 

Paulo Motta contou ainda que a Fecomércio queria 15%, como contribuição sindical, de um sentença judicial que garantiu ao Sindilojas R$ 2 milhões. Isto é R$ 300 mil. O sindicato, no entanto, só aceitou pagar R$ 70 mil. 

Por meio da assessoria, o presidente Kelsor Fernandes negou que o sindicato tenha sido impedido de apresentar a chapa. Também, segundo ele, o Sindilojas está irregular pela existência de dívidas contraídas, vencidas e não pagas a federação.